sábado, 14 de novembro de 2009

O Subjulgamento na Sociedade Contemporânea



-Tese conclusiva do Trabalho sobre HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA-

Ao longo dos fatos e ideologias apresentados, vimos legítimas ações humanas alastradas pelo período contemporâneo. Algumas compreensíveis, como as revolucionárias em busca da liberdade, mas outras nada humanas, como as que se impõe agressivamente. Basta agora discutir os dois aspectos e entender suas causas.
O homem, inundado de imposições quanto à supremacia de classe social, avança na Revolução chamada Francesa, querendo atingir a liberdade e igualdade. Tais atos nos levam a acreditar que a sociedade soube deixar de ser manipulada. Porém, logo depois da Era Napoleônica, o Antigo Regime volta a ser decretado, dizendo-se “legítimo”. Afinal, qual é a benéfica legitimidade humana? Ser manipulado e regido pelas vontades e prazeres de um só “soberano”, ou se impor na sociedade como alguém que pode mudá-la através da liberdade? Ser livre, assim dizendo, possui mais valia.
Na Revolução Industrial, a nação mais potente e capaz de se industrializar era a que comandava outras, colonizando-as e oprimindo-as. Aí vemos a degradação humana, que não se importa com os possíveis prejuízos alheios, com tanto que haja eficácia a ele. São esses os motivos morais que viabilizam guerras!
Um homem se sobrepondo à humanidade com uma ideologia humanamente insignificante é capaz de priorizar suas expectativas com relação ao mundo, e fazer o impossível para que sejam cumpridas. Foi o que o totalitarismo demonstrou. Assim como a Guerra Fria foi também uma idealização de qual poder reinaria pelo mundo. A imposição está clara e límpida, por esses fatos.
Chegou a descolonização: onde está a liberdade? O que era pra ser livre, virou o caos? A África foi tratada como um objeto a se compartilhar. A mão do colonizador estava onde havia riqueza. Ao fim do imperialismo, sobraram as traças. Agora, o continente e visto como o símbolo da miséria, apesar de ser mais valioso que qualquer outro. Sobrou, assim, o caos social para a África. De que adiantou, então, a independência?
Aqui está a desmoralização humana. A preocupação com o progresso e o esquecimento social. Somos peritos no desenvolvimento, mas bebês na irmandade. Não apenas no falar, mas no agir. Pois muitas pessoas necessitadas dizem que se alguém fala sobre igualdade, sobre sermos irmãos, e não condiz com suas ações, esse já não é digno de moral. Melhor que tivesse sido adverso a essa filosofia.
Enfim, entre tantos subjulgamentos, falta de moral, de fraternidade, vemos a corrupção do homem. Através de Rousseau podemos compreender o que o faz se degradar: a própria sociedade. A procura pelo poder, pela fama, pela audácia, é veiculada ao ser como mérito. Assim, ele é dominado por ele mesmo, por sua corrupção moral. Então, sua fragilidade é maior. Consegue dominar o mundo, mas não a si mesmo! Chegamos ao ponto crucial da perspectiva contemporânea.
As crianças são seres em formação, que ainda não se submeteram à sociedade, aliás, nem a entendem. Por isso, um dia, uma dessas crianças (O Pequeno Príncipe - livro de Antoine de Saint- Exupéry) chegou a uma conclusão: “As pessoas grandes são mesmo estranhas”. Sucintamente, é exatamente isso o que são!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pensamentos: ÉTICA DA VIDA (baseados na Filosofia de Albert Schweitzer)


Atualmente, a despreocupação com a vida e ética está intrínseca na sociedade, causando diversos fatores de desgraça ambiental e moral. Assim, o respeito à mínima vida existente é favorável ao mundo .Pequenos detalhes fazem a diferença quando amamos as formas viventes na Terra, não as fazendo desfalecer, cuidando minuciosamente de seus fatores de sobrevivência e cultivando nosso ambiente. A ética moral, no tocante ao desrespeito humano, se faz válida quando favorecemos uns aos outros, sem acepção, fazendo das diferenças mínimos detalhes que farão uma convivência mais diversificada e sábia. Temos o direito de sermos respeitados pelas nossas diferenças, ao mesmo tempo em que somos devedores de aceitação moral!



Tudo o que tem vida foi de alguma forma beneficiado. Se nós, humanos, temos vida, logo fomos favorecidos. As outras formas de vida (não-humanas) também foram presenteadas com o dom do viver. Portanto, não é plausível a falta de admiração e respeito pelos seres viventes. Pelo contrário, fomos dotados de imensa responsabilidade para com eles. Isso se chama ética. É o lugar onde deveria ser comum a todos. E em se tratando de vida, a amplitude estabelecida deveria ser exacerbada, tanto humanamente, quanto a qualquer ser. A ética é a responsabilidade, que todos temos, de aceitar a vivência. Quem não a tem, não é etnicamente digno de representar a vida!


Na época da escravidão, era natural o negro ser tachado de desumano e era inaceitável sua valorização como ser. No entanto, essa ideia foi desprezada ao longo das décadas, e a sociedade percebeu a verdade moral revelada no favorecimento do negro como humano. Atualmente, é incabível o pensamento de acepção de pessoas. Da mesma forma, o respeito a toda forma de vida existente ainda não é totalmente valorizada, mas ao longo do tempo poderemos ver que essa ética poderá ser consumada. O que hoje não é lícito, mais tarde poderá ser compatível e tido como adesão total à realidade.


RAQUEL MURAD


A propaganda gera o homem ou o homem gera a propaganda?


Todos os empresários desejam sucesso em suas vendas, em busca de lucro. Nessa jornada, a mídia é o melhor meio ajudador. As propagandas são formas explêndidas de influenciar pessoas. Mas como são formadas? As idéias da publicidade são geradas pela observação do homem ou ele se molda ao que nela vê?

Os publicitários, na verdade, observam atitudes da sociedade. O que não é difícil, pois a maioria das pessoas almejam seguir os padrões que a sociedade impõe. A mídia entende a cabeça da população mais do que a própria. Por isso, as pessoas são influenciadas e se identificam ao verem um carro de última geração, que aumenta disparadamente o consumo.

Só não é persuadido quem sabe se definir e compreende o que realmente necessita. Essas raras pessoas não precisam se moldar a estratégias e exteriótipos midiáticos para reafirmar quem são. Para alegria do consumo, estão extintos os que possuem autenticidade.

A propaganda é gerada, enfim, não pelo que o homem é, mas pelo que ele quer ser, sendo ele, depois, influenciado pela reafirmação de seu desejo (a propaganda). O consumo, por causa disso, se tornou a forma mais representativa do ser humano e é agora o que move o mundo!

Raquel Murad

sábado, 29 de agosto de 2009

Ser Exato ou Ser Humano?


A Língua Portuguesa é usada, pelos mais variados seres, como forma de expressão. Porém, não são todos que a admiram. Muitas cabeças preferem lidar com os enigmas racionais das ciências exatas, e se veem muito mais avançados do que os que gostam de lutar com as palavras. Essa disputa entre os opostos é acirradíssima, e vale a pena constatar qual lado da balança é o mais relevante.


Lidar com palavras está totalmente relacionado com a comunicação. E para haver essa comunicação é necessário expressar-se e entender os aspectos filosóficos que compõem tal expressão. Por isso, lidar com a linguagem é também um desafio para a complexidade das mentes, pois filosoficamente duas cabeças não calculam um mesmo resultado.


Aqui vemos que o Português nada tem de previsível, e as exatas, por sua vez, levam todos a um resultado comum. Que graça há no previsível? Que graça há em saber o que qualquer um poderá calcular? O que de fato avança o pensamento é compreender atitudes incalculáveis e expressá-las através das palavras.


A Língua Portuguesa pode existir sem um mínimo de exatas, mas as exatas dependem de palavras para serem compreendidas. Afinal, não se pode calcular a altura de um edifício se não soubermos a que ser se refere tal substantivo. Nunca saberemos o resultado de “um mais um”, se não significarmos a palavra “equidade”, pois matematicamente é dois, mas filosoficamente pode ser um.


Exatidão por si só não leva ninguém a ser humano, pois a interação entre pessoas depende de uma forma de expressão e de entendimento alheio, e não somente de números e conceitos lógicos. Bela, complexa e majestosa, a Língua Portuguesa constitui-se de palavras, contextualidades e emoções, e são tais que nos levam a ser humanos!


Raquel Murad

Nós mesmos: o início de tudo


O mundo, a cada século que passa, parece vir à decadência. E as pessoas que o formam são responsáveis por este fato. Por isso, temos em mente a preocupação em mudar o que está nos afundando. “Mas como eu, em meu mínimo ser, posso ser agente desse tão complexo fato?” É o que martela na mente de cada um de nós.

Ás vezes pensamos que só poderemos fazer a diferença se formos reconhecidos mundialmente, como profissionais, como criadores de alguma teoria ou de algum artigo científico capaz de revolucionar a existência. Esse pensamento só nos afastará do propósito, pois nunca nos achamos tão dignos para tal obtenção.


Se formos fiéis no que fazemos, e estivermos dispostos a dar o melhor de nós, já cumpriremos parte da missão de salvar o que ainda resta. Priorizar nossos valores é o que eleva o sucesso individual. Sermos reconhecidos por nós mesmos nos remete a sermos cada vez melhores. Assim sendo, construiremos um amanhã, não perfeito, mas digno.


O segredo é sermos atores de nosso próprio espetáculo, e assim desencadear uma revolução no pensar de outras pessoas, pois, querendo ou não, somos influenciadores.


Para chegar ao topo é preciso o primeiro passo, a união de forças e, o mais importante, continuar nos movendo.


Raquel Murad

Desumanidade


O universo e tudo o que nele há é imensuravelmente maior que a estrutura humana. Por isso, vivemos em busca de respostas sobre o que é o mundo e o que fazemos dentro dele. Essa busca nos remete ao conhecimento de diversas áreas científicas, tecnológicas, biológicas, o que nos faz seres mais avançados. Mas será que todo esse cientificismo nos eleva como seres humanos?

Ter conhecimento é, com certeza, essencial para a sobrevivência, e não devemos rejeitá-lo. Ele nos dá noção do que há à nossa volta, dos “mistérios” do universo, e de como usá-los a nosso favor. Porém, conhecimento sem sabedoria é como correr atrás do vento. Sabedoria é o poder de se portar da melhor forma possível em qualquer situação. Isso inclui, essencialmente, atos dedicados de amor ao próximo: devemos usar o conhecimento também em favor aos outros.


Depositamos nossos valores no mundo, em descobertas, em criações. Porém, poucas vezes paramos para pensar nos valores essenciais que nos tornam humanos. Ser sábio é ser humano! Um homem pode ser conhecedor de todo o universo, entretanto, se não se humilhar e praticar atos sensitivos, não terá conhecido a realidade da existência.


Conhecer o mundo sem conhecer a nós mesmos e a nossos semelhantes é como tentar voar sem asas. Conciliar o conhecimento exterior com o interior é ser sábio, é ser humano. Seria o fim dessa desumanidade. Seríamos maiores que o universo!


A Causa do Caos



Dentro de um estado oficial há um estado paralelo, que possui suas próprias leis e modos de agir. Um dos motivos dessa formação paralela é a decadência instrucional, ou seja, a falta de recursos educacionais, que possibilitariam uma nova mente ao homem, um novo e melhor modo de agir.

Os constituintes paralelos veem em seu poder a resposta para o precário viver de sua “nação”. Se fossem mais letrados, porém, saberiam que há muito mais saídas, e seriam mais capacitados para obtê-las.

A fim de este estado se tornar capacitado, medidas precisam ser tomadas pelos governantes. A educação tem um papel de extrema valia nesse processo. Assim, se pode concluir que há um equívoco no governo em relação ao processo educacional da população. Os poderosos armam seus guerrilheiros com táticas de guerra para abolir o estado paralelo, porém se não abolirmos a essência do problema, primeiramente, será quase inútil a ação de guerra.

Investir na educação e tratar profundamente da comunidade carente é o essencial para a derrota do tráfico, pois é lá onde ele predomina. Ser solidário, às vezes, parece difícil. Porém, um simples ato poderá ser o mais valioso!

O intuito é abolir a causa, e não causar o caos!

Raquel Murad

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Música



Tom Agradável

Faze-me como Tu queres que eu seja
Molda-me conforme o Teu caráter
Desperta em mim o valor da Tua essência
E faze-me entender o poder da Tua cura

Tu és minha glória
És quem me mantém de pé
E quem faz a minha história
Pois no mundo não há motivos...
Que a minha vida seja um
tom agradável aos Teus ouvidos!

Raquel Murad

Poemas

Água do Tempo

Levei comigo qualquer sinal de ilusão
Arranquei das mais belas flores o perfume do viver
Senti que molhei as areias que cobriam a praia do sofrimento
E refiz a esperança de alcançar o almejado
Sou a água que o tempo constrói
Sou a água que o tormento destrói
Não me importo em encharcar os ponteiros do relógio
Pois sei que não posso detê-los
Mas sigo na corrente de águas vivas
Arrastando cada momento que o tempo produz
Posso levá-los comigo pra sempre
Ou arrastá-los até a margem
Até não poder mais vê-los
Sou a água que renova
Que desbota
Ou reboca
Porém sempre passa
E despeja as experiências
Sou água do amor
Talvez da dor
Mas sem a água o tempo pára
E o momento não se altera
E a vida pausa
Sou quem vê o futuro
Mas deixa o presente acontecer
Sou a vida
Sou o momento
Sou a Água do Tempo

Raquel Murad

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Perfume da vida

Vitórias e derrotas sempre estarão em nossas vidas
Mas desistir é tolice
Pois o amanhã é sempre novo
E os sonhos nunca têm fim

Sem sonhos, a alma apagaria
Pois são combustíveis para cada instante da vida
Sonhos são fortes como a pedra
Que resiste à tempestade
Diferente dos desejos
Que se quebram em meio às dificuldades

Sonhos são sentimentos
Transformados em anseios
E quão doce é uma vida
Repleta dessas essências
Afinal, como a vida esbanjaria flores,
Sem o perfume dos sonhos?

Raquel Murad








Passivos às aparências

Nesse século, e com certeza sempre, o humano deposita seus pensamentos e ideais apenas na desonesta análise de aparências e nas imagens externas. E é esse o pensamento em que se baseia a mídia. Quase sempre uma informação é projetada pelo que a maioria deseja ouvir, e não pela verdade absoluta.

O ser humano anseia em viver expectativas e emoções causadas por algum conflito ou desgraça. Tudo para se esvair da monotonia enfadante. Surge, então, o ponto crucial da viabilidade midiática. A mídia propaga o pensamento público, por isso autoriza qualquer tipo de notícia que provoque interesse à população, sendo ela perspicaz ou não. Todo meio de comunicação que produz sucesso, é aquele conhecedor da mentalidade da maioria, e não aquele que exprime seus próprios pensamentos apenas.

A mídia, porém, não implica a ninguém o “ser passivo”. Existem muitas variedades no sistema comunicativo que proporciona, a quem quiser, o direito de pensar, contra ou a favor, e não apenas aspirar informações passivamente às aparências.

O posicionamento crítico e relevante de camadas sociais mais disciplinadas as fazem absterem-se das aparências. E esse posicionamento revigora o sentido da mídia, e a torna plausível em sua missão: nos fazer conhecedores de causas mundiais, que podem mudar nossas atitudes. E só o faremos se criticarmos a veracidade do que nos remetemos a ouvir e ver. Fugindo, assim, da fugacidade da mente humana, preocupada com exteriores imagens que apenas nos levam à passividade das aparências.

Mesmos Passos


Ezequiel... Ezequiel... Como me desiludir desse incômodo? Como acontecerá esse reencontro, nunca tido antes, e que não fora marcado? Sempre freqüentadora de uma singela e comum praça, onde muitos, inclusive eu, deixam seus passos apressados para o trabalho. Repentinamente, o lugar não foi mais o mesmo para mim. Um indivíduo, cujo nome eu desconhecia, era também freqüentador. Dia a dia, sem mais e sem menos, eu me achava perdida em seus passos, e cheguei a até segui-los uma vez. Tudo resultado da comoção que aquela face me causou. Eu andava sempre entretida no que ele fazia, em suas companhias, expressões e gestos.

Ao longo do tempo, não me continha em apenas vê-lo. Porém, queria traduzir e reconhecer o que aquela pura beleza poderia dizer: o que continha de real valor em sua pessoa. Assim, me virei do avesso, mas alcancei informações, e valiosíssimas por sinal: descobri um conhecido em comum. Pronto! Dediquei-me a achá-lo na vida virtual, e assim o fiz. Logo se deu a primeira conversa, tida pela tecnologia comunicativa.

Nome? Ezequiel. Perguntou-me quem eu era, logo fiz alusão ao conhecido em comum. Disse-me que eu trazia uma face familiar a ele. Contei-lhe nosso local de freqüência, que o fez se lembrar de mim rapidamente. Fato que afirma ser seu entretenimento antigo em minha face também.


Consegui o que queria. Analisei sucintamente a origem e a realidade de seus conceitos e valores. O que não me agradou inteiramente.
Após realizar essa definição, me veio à mente um incômodo impertinente: tendo, pois, me comunicado com ele, como agora se daria o “reencontro”, o qual não fora minuciosamente previsto, mas se daria com a ação do dia a dia? Incômodo este que se agravou ao me deparar com minha realidade tímida.

Queria reencontrá-lo, porém minha análise feita dele não me convencia a isso, muito menos minha timidez. Não pude fugir. E ao raiar do dia fui ao encontro dele, e de encontro comigo mesma. Os olhares, as emoções, os sentidos e o contentamento foram resumidos num “oi, tudo bom?!”. E assim sucedeu continuamente.

Ezequiel: para mim, uma amizade desejada e invejada, porém não conquistada. Relembrei seus conceitos não aprovados. Restou-me refletir. Em suma, fui ao encontro de mim mesma. Concluí seguir meu caminho linear de antigamente, porém largar os mesmos passos.

Aceitação e Progresso


A raça humana é constituída por indivíduos de mesma estrutura, porém com diferentes ideologias. Nossas impressões digitais são uma das provas de que cada um se difere dos demais seres. Cada qual possui valores diferentes que formam um todo no universo. Entretanto, saber lidar com essas variações é uma grande dificuldade da maioria.

Há escassez de aceitação. Propositalmente, nenhum ser foi criado igual ao outro. Por esse motivo, deveria haver compreensão, mesmo em um meio conturbado de ideais distintos. Muitos se acham donos da verdade, ou não sabem assumir a mentira de dentro de seus seres. Então incompreendem o outro lado, e acham que não existe alternativa a seu pensamento.

Aceitar não quer dizer concordar. É apenas respeitar o próximo, respeitar o limite do espaço alheio, valorizar e não pré-julgar. Parece ser difícil, mas quando nos importamos com o próximo, e não somente conosco, há aprimoramento nas relações. Aumenta o amor, a tolerância e a paz nas versáteis comunicações. Quando aceitamos, progredimos. E não isoladamente, mas há um progresso total. Pois a união da mesmice é limitada. Mas a comunhão do diferenciado promove o progresso de variados aspectos. Aceitar é progredir como um todo e também como um ser. Que avancemos em ser o que somos, sem interferir nas relações que mantemos.

Raquel Murad

Opostos Similares



Soluções e problemas costumam andar em direções opostas. Mas não quando se trata de biocombustíveis. Por representarem grande fonte de lucro, são vistos como soluções da ganância. Porém, ao analisarmos riscos, passam a ser definidos como problemas.
O biocombustível etanol é considerado um risco quando se perde parte da oferta de alimentos. A impulsividade na obtenção de lucros causou desequilíbrio entre a quantidade de consumidores e a produção de alimentos. Isso pelo canavial degradar solos que poderiam ser utilizados para outras plantações de alimentos.

Um trabalhador de um canavial também sofre conseqüências de excesso de trabalho. Mortes por exaustão são freqüentes. O biocombustível acarreta problemas de saúde, pelo elevado teor de gases que emite pelo ar. Por outro lado, na severa comparação com a queima de petróleo, o biocombustível é favorável, pois emite menos CO2, e isso implica na ajuda em reduzir o efeito estufa. Isso nos leva ao conceito inicial de o etanol ser íntegro aos comuns pontos distintos entre “soluções e problemas”.

Nunca o biocombustível será totalmente uma solução, nem totalmente um problema. Um equilíbrio favorável a todos deve ser mantido. Excluindo, assim, excessos e falta de senso comunitário. Biocombustíveis incluem vidas. E para tratarmos delas, devemos nos esvair do “eu mesmo”, e pensar em soluções para possíveis problemas que envolvem essas vidas e seus estilos de viver.

Raquel Murad

O Consumo do Ambiente


Terras produtivas, plantações, árvores, rios, florestas são graciosos presentes de uma nação chamada Brasil. Porém, às vezes, somos mal-agradecidos. Esse adjetivo se prova pelo mau uso dos recursos naturais pertencentes ao nosso país. A acirrada competição por lucro, por capital, e pelo ser bem-sucedido, provoca devastações no solo, por ele ser usado demasiadamente, sem atenção, sem senso.
Muitos alimentos são produzidos, muitas pessoas consomem, muitos carros usufruem de biocombustíveis. Tudo se interliga no consumismo. Uma sociedade consumidora não deixa de produzir somente para garantir vestígios ambientais. Pelo contrário, enquanto houver terras, a produção não para.
A busca por satisfazer ideais e ofertas mundiais traz conflitos entre a elevada população mundial e a disponibilidade na oferta de alimentos. Assim, gera um excesso de produção sem medir transtornos futuros. O que maltrata o ambiente.
A definitiva solução para esse problema seria a diminuição, ou até o congelamento, da produção. Entretanto, o Brasil pararia diante da economia mundial, e cairia totalmente de sua posição de país emergente. Mas ao se obter o equilíbrio de produção, o país estará sob controle. Pensar nas causas desfavoráveis do futuro implica garantir a preservação juntamente com o limite. Produzir é necessário, consumir também, se o limite de reposição ambiental for reconhecido. Dessa forma, o Brasil poderá ser até melhor que um país emergente.

Raquel Murad