sábado, 29 de agosto de 2009

Ser Exato ou Ser Humano?


A Língua Portuguesa é usada, pelos mais variados seres, como forma de expressão. Porém, não são todos que a admiram. Muitas cabeças preferem lidar com os enigmas racionais das ciências exatas, e se veem muito mais avançados do que os que gostam de lutar com as palavras. Essa disputa entre os opostos é acirradíssima, e vale a pena constatar qual lado da balança é o mais relevante.


Lidar com palavras está totalmente relacionado com a comunicação. E para haver essa comunicação é necessário expressar-se e entender os aspectos filosóficos que compõem tal expressão. Por isso, lidar com a linguagem é também um desafio para a complexidade das mentes, pois filosoficamente duas cabeças não calculam um mesmo resultado.


Aqui vemos que o Português nada tem de previsível, e as exatas, por sua vez, levam todos a um resultado comum. Que graça há no previsível? Que graça há em saber o que qualquer um poderá calcular? O que de fato avança o pensamento é compreender atitudes incalculáveis e expressá-las através das palavras.


A Língua Portuguesa pode existir sem um mínimo de exatas, mas as exatas dependem de palavras para serem compreendidas. Afinal, não se pode calcular a altura de um edifício se não soubermos a que ser se refere tal substantivo. Nunca saberemos o resultado de “um mais um”, se não significarmos a palavra “equidade”, pois matematicamente é dois, mas filosoficamente pode ser um.


Exatidão por si só não leva ninguém a ser humano, pois a interação entre pessoas depende de uma forma de expressão e de entendimento alheio, e não somente de números e conceitos lógicos. Bela, complexa e majestosa, a Língua Portuguesa constitui-se de palavras, contextualidades e emoções, e são tais que nos levam a ser humanos!


Raquel Murad

Nós mesmos: o início de tudo


O mundo, a cada século que passa, parece vir à decadência. E as pessoas que o formam são responsáveis por este fato. Por isso, temos em mente a preocupação em mudar o que está nos afundando. “Mas como eu, em meu mínimo ser, posso ser agente desse tão complexo fato?” É o que martela na mente de cada um de nós.

Ás vezes pensamos que só poderemos fazer a diferença se formos reconhecidos mundialmente, como profissionais, como criadores de alguma teoria ou de algum artigo científico capaz de revolucionar a existência. Esse pensamento só nos afastará do propósito, pois nunca nos achamos tão dignos para tal obtenção.


Se formos fiéis no que fazemos, e estivermos dispostos a dar o melhor de nós, já cumpriremos parte da missão de salvar o que ainda resta. Priorizar nossos valores é o que eleva o sucesso individual. Sermos reconhecidos por nós mesmos nos remete a sermos cada vez melhores. Assim sendo, construiremos um amanhã, não perfeito, mas digno.


O segredo é sermos atores de nosso próprio espetáculo, e assim desencadear uma revolução no pensar de outras pessoas, pois, querendo ou não, somos influenciadores.


Para chegar ao topo é preciso o primeiro passo, a união de forças e, o mais importante, continuar nos movendo.


Raquel Murad

Desumanidade


O universo e tudo o que nele há é imensuravelmente maior que a estrutura humana. Por isso, vivemos em busca de respostas sobre o que é o mundo e o que fazemos dentro dele. Essa busca nos remete ao conhecimento de diversas áreas científicas, tecnológicas, biológicas, o que nos faz seres mais avançados. Mas será que todo esse cientificismo nos eleva como seres humanos?

Ter conhecimento é, com certeza, essencial para a sobrevivência, e não devemos rejeitá-lo. Ele nos dá noção do que há à nossa volta, dos “mistérios” do universo, e de como usá-los a nosso favor. Porém, conhecimento sem sabedoria é como correr atrás do vento. Sabedoria é o poder de se portar da melhor forma possível em qualquer situação. Isso inclui, essencialmente, atos dedicados de amor ao próximo: devemos usar o conhecimento também em favor aos outros.


Depositamos nossos valores no mundo, em descobertas, em criações. Porém, poucas vezes paramos para pensar nos valores essenciais que nos tornam humanos. Ser sábio é ser humano! Um homem pode ser conhecedor de todo o universo, entretanto, se não se humilhar e praticar atos sensitivos, não terá conhecido a realidade da existência.


Conhecer o mundo sem conhecer a nós mesmos e a nossos semelhantes é como tentar voar sem asas. Conciliar o conhecimento exterior com o interior é ser sábio, é ser humano. Seria o fim dessa desumanidade. Seríamos maiores que o universo!


A Causa do Caos



Dentro de um estado oficial há um estado paralelo, que possui suas próprias leis e modos de agir. Um dos motivos dessa formação paralela é a decadência instrucional, ou seja, a falta de recursos educacionais, que possibilitariam uma nova mente ao homem, um novo e melhor modo de agir.

Os constituintes paralelos veem em seu poder a resposta para o precário viver de sua “nação”. Se fossem mais letrados, porém, saberiam que há muito mais saídas, e seriam mais capacitados para obtê-las.

A fim de este estado se tornar capacitado, medidas precisam ser tomadas pelos governantes. A educação tem um papel de extrema valia nesse processo. Assim, se pode concluir que há um equívoco no governo em relação ao processo educacional da população. Os poderosos armam seus guerrilheiros com táticas de guerra para abolir o estado paralelo, porém se não abolirmos a essência do problema, primeiramente, será quase inútil a ação de guerra.

Investir na educação e tratar profundamente da comunidade carente é o essencial para a derrota do tráfico, pois é lá onde ele predomina. Ser solidário, às vezes, parece difícil. Porém, um simples ato poderá ser o mais valioso!

O intuito é abolir a causa, e não causar o caos!

Raquel Murad