segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Horizonte


Por que insistir no descompasso premeditável?
Por que teimar na prisão da não razão?
Os fatos denunciam

As vontades iludem
Verificar ortografia A calmaria é simplória
Tão real e magnificante

Pra que inserir a turbulência?


Tal ação estabelece loucura

A insanidade
talvez fortalecedora do coração

Ou apenas vazia

Surge a agonia do não alçável

Sugerindo descompanhia

Solidão

Contudo, que doce concessão!
O verde me aproxima
da imensidão onde me consagro


O leite marítimo da Lua

me descobre da amargura

Num instante, compreendo
Aqui, enxergo


A profundidade se alcança

Com o foco da bonança

Recicle-me
Iludi a ilusão
Não me cabe mais a frieza da sensação


Alcancei, mudei

Vivi, sofri
Compreendi


Horizonte mostra agora
o ponto de partida

para a ilustre presença

da minha chegada!



Raquel Murad