sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Heróis Reconhecidos


Todos os dias, a qualquer hora, ao ligarmos a televisão, vemos a extravagância da beleza e do perfeito. Seria isso natural? Para essa sociedade, sim. Para a real e sensitiva essência do ser, não.Muitos têm como seus heróis e ídolos os famosos da Rede Globo, ou de qualquer outra rede que seja. Esse pensamento é fruto da triste doença desse mundo: a preocupação com o que é futilmente belo, e não com o que é necessário.


Há heróis sim, de todos os jeitos possíveis. E ao analisarmos a mídia nos deparamos com a pobre realidade dos ricos lindamente famosos, que são heróis que fazem a diferença para o mal. Que tipo de mal? O que corrompe e degrada a sociedade, mascara o essencial.


Por outro lado, se aprofundarmos as observações, veremos que ainda há esperança. Ainda há quem faça a diferença para o bem. São os chamados heróis anônimos. O nome já diz que não é fácil achá-los, mas estão por toda a parte. E eles não se incomodam com a aparência, pois sabem que, essencialmente, ela nada representa. Infelizmente a maioria não pensa assim, aliás nem pensa, é conduzida pelo pensamento e opiniões do “horário nobre”.


Os verdadeiros heróis do bem precisam ser reconhecidos. Será? Olhando para essa situação, vemos que o reconhecimento do homem não vale de nada. É a beleza versus a essência. E o homem só reconhece a beleza, ou o que a faz aparecer. Por isso, os heróis anônimos só merecem ser reconhecidos por aqueles que dão real valor a eles. Pois, querendo ou não, são eles que fazem parte da história da real essência da vida.
Raquel Murad

(Redação premiada em 1º Lugar no Concurso Crônicas e Contos do DS no ano de 2008)