quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Leitura do porvir


Será que sei? Será que amei?
Li os versos da solidão
Destaquei deles uma razão
Para, enfim, ser o que serei


Será que será? Não há o que manejar.
Li todas as letras do caminho onde fui
Até me perder na estrada que me exclui
Retorno, abismo, não havia como cavalgar.


Será assim ou o que será de mim?
Li no vento, li no olhar da brisa
Até senti-los me tanger assim.


Serei o que será? Ou será o que serei?
Li a palavra do meu ser, sempre lisa
Encontrei o que o poema me dera e o que esperei.

Raquel Murad
(soneto)