segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mesmos Passos


Ezequiel... Ezequiel... Como me desiludir desse incômodo? Como acontecerá esse reencontro, nunca tido antes, e que não fora marcado? Sempre freqüentadora de uma singela e comum praça, onde muitos, inclusive eu, deixam seus passos apressados para o trabalho. Repentinamente, o lugar não foi mais o mesmo para mim. Um indivíduo, cujo nome eu desconhecia, era também freqüentador. Dia a dia, sem mais e sem menos, eu me achava perdida em seus passos, e cheguei a até segui-los uma vez. Tudo resultado da comoção que aquela face me causou. Eu andava sempre entretida no que ele fazia, em suas companhias, expressões e gestos.

Ao longo do tempo, não me continha em apenas vê-lo. Porém, queria traduzir e reconhecer o que aquela pura beleza poderia dizer: o que continha de real valor em sua pessoa. Assim, me virei do avesso, mas alcancei informações, e valiosíssimas por sinal: descobri um conhecido em comum. Pronto! Dediquei-me a achá-lo na vida virtual, e assim o fiz. Logo se deu a primeira conversa, tida pela tecnologia comunicativa.

Nome? Ezequiel. Perguntou-me quem eu era, logo fiz alusão ao conhecido em comum. Disse-me que eu trazia uma face familiar a ele. Contei-lhe nosso local de freqüência, que o fez se lembrar de mim rapidamente. Fato que afirma ser seu entretenimento antigo em minha face também.


Consegui o que queria. Analisei sucintamente a origem e a realidade de seus conceitos e valores. O que não me agradou inteiramente.
Após realizar essa definição, me veio à mente um incômodo impertinente: tendo, pois, me comunicado com ele, como agora se daria o “reencontro”, o qual não fora minuciosamente previsto, mas se daria com a ação do dia a dia? Incômodo este que se agravou ao me deparar com minha realidade tímida.

Queria reencontrá-lo, porém minha análise feita dele não me convencia a isso, muito menos minha timidez. Não pude fugir. E ao raiar do dia fui ao encontro dele, e de encontro comigo mesma. Os olhares, as emoções, os sentidos e o contentamento foram resumidos num “oi, tudo bom?!”. E assim sucedeu continuamente.

Ezequiel: para mim, uma amizade desejada e invejada, porém não conquistada. Relembrei seus conceitos não aprovados. Restou-me refletir. Em suma, fui ao encontro de mim mesma. Concluí seguir meu caminho linear de antigamente, porém largar os mesmos passos.

Nenhum comentário: