segunda-feira, 27 de julho de 2009

Passivos às aparências

Nesse século, e com certeza sempre, o humano deposita seus pensamentos e ideais apenas na desonesta análise de aparências e nas imagens externas. E é esse o pensamento em que se baseia a mídia. Quase sempre uma informação é projetada pelo que a maioria deseja ouvir, e não pela verdade absoluta.

O ser humano anseia em viver expectativas e emoções causadas por algum conflito ou desgraça. Tudo para se esvair da monotonia enfadante. Surge, então, o ponto crucial da viabilidade midiática. A mídia propaga o pensamento público, por isso autoriza qualquer tipo de notícia que provoque interesse à população, sendo ela perspicaz ou não. Todo meio de comunicação que produz sucesso, é aquele conhecedor da mentalidade da maioria, e não aquele que exprime seus próprios pensamentos apenas.

A mídia, porém, não implica a ninguém o “ser passivo”. Existem muitas variedades no sistema comunicativo que proporciona, a quem quiser, o direito de pensar, contra ou a favor, e não apenas aspirar informações passivamente às aparências.

O posicionamento crítico e relevante de camadas sociais mais disciplinadas as fazem absterem-se das aparências. E esse posicionamento revigora o sentido da mídia, e a torna plausível em sua missão: nos fazer conhecedores de causas mundiais, que podem mudar nossas atitudes. E só o faremos se criticarmos a veracidade do que nos remetemos a ouvir e ver. Fugindo, assim, da fugacidade da mente humana, preocupada com exteriores imagens que apenas nos levam à passividade das aparências.

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