segunda-feira, 5 de julho de 2010

Interesse Bucólico


Nessa sociedade populosa, o verde dos campos e das árvores parecem desaparecer a cada instante. Quanto mais pessoas nascem, maior é o desmatamento. O valor das plantas parece não mais existir, o que é preocupante para o destino campestre.

Antigamente, a grande quantidade de homens era benéfica para a mão-de-obra no cultivo rural. Hoje, grande população é sinal de escassez bucólica. Isso porque os focos são outros, os interesses não são mais a favor da sociedade e do ambiente (isso se algum dia já o foram totalmente), e sim presam o bem-estar de quem detém o poder. E a cada dia isso se torna mais sobressalente.

Prova disso, na vida urbana, é a construção descontrolada, e muitas vezes desnecessárias, de prédios, empresas e comércios, sem o consentimento ambiental. As consequências não são levadas em conta, para eles o que importa é tão somente o lucro atual. Na vida rural, o mesmo ocorre quando se destinam terras para o plantio de determinado produto econômico, e a vegetação local fica comprometida. Em ambas situações, a paisagem verde é dependente da ação dos homens.

O mundo é movido ao poder, à transação de bens e aos interesses interregionais. Acabar com o progresso da economia para chegar à total preservação não é uma saída viável. Portanto, o equilíbrio deve ser mantido. A cada construção, tem de haver reflorestação. A cada ação destrutiva, uma nova vida há de ser regada. Só assim o futuro não surgirá sem o verde vital, e pode sim haver esperança.

Raquel Murad

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