A arte de ser consiste em saber se expressar. "Humanae Vitae", do latim "Vida Humana", é um termo que nos condiz a afirmarmos a real essência de nós mesmos. Para este fim, é necessário abstermo-nos dessa "Humanidade" vil e recompensarmo-nos através de uma sutil libertação de linguagem, que é uma expressão manifesta na mente, em um papel, em um livro, em um blog. * RAQUEL MURAD *
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
2012 : Ano Agraciado
Percebi que as pessoas, mesmo parecendo más, merecem compreensão (primeiramente Cristo nos compreendeu). Experimentei que as minhas escolhas, pensadas ou emotivas, têm consequências, basta a nós refazer o caminho e não mais trilhá-lo. Sofri, mas entendi o sentido desse sofrer; não tive paciência da espera, e ela me esmagou, porém entendi que a paz com Deus e consigo mesma refrigera os sentidos.
Também, obtive o imenso prazer e extrema felicidade de imaginar que um ser, com um pouco do meu sangue, está em formação em um ventre, e nascerá para alegria da família!
Pela Graça, somente por ela, alcancei uma parte de meu sonho de ser médica. Fui recompensada, sim, pelo esforço dos anos, mas reconheço que sem Ele, nada do que fiz eu poderia ter feito. Em meio a esse mundo de competições, de notas que provem quem é melhor que um e outro, reconheci a irrelevância desses valores.
Para mim, importa ser o que estou destinada a ser, e por Ele sou. Abençoar, fazer um pingo de diferença no mundo: isso é a essência! Passo esse ano realizada pela constatação de que Deus cuida de meus caminhos e é dono do meu destino. A vontade dEle prevalecerá!
Enfim, cresci, renasci. Foi um ano crucial para minha formação como pessoa, como atuante no mundo, como agraciada! Só posso agradecer por tudo que obtive e pelo que ainda virá.
A cada segundo Deus renova seu contrato de amor em minha existência, para que, POR ELE, eu faça o que devo fazer, eu viva o que um cristão deve viver!
Cristo, minha família, amigos meus, realizações, vida, atos por amor: essa é a VIDA que apreendi em 2012 e quero levar até sempre!
Agraciado ano!
Sentido Natalino
Desejo que a simplicidade e o Amor incondicional, que Jesus nos ensinou, esteja todo o dia no coração de todos.
É Natal! Jesus veio, tudo ficará bem!
Felizes dias de Natal ! Feliz paz do Reino!
RaquelMurad
sábado, 22 de dezembro de 2012
"Comissão da Verdade: que verdade alcançar?"
A Comissão da verdade surge para apresentar aos cidadãos o passado brasileiro, apurando os crimes cometidos na época do Regime Militar. Porém, a busca não deve ser unidirecional. Aspectos morais da realidade nacional brasileira necessitam de aparição, vislumbrando as manipulações passadas.
O período ditatorial foi marcado por grande violência e medo. Em nome da vontade do governante, muitos eram torturados e mortos. Denúncias e perseguições baniram a liberdade e fizeram os cidadãos vítimas, não só físicas, mas intelectuais, já que a verdade fora encoberta.
Tal prejuízo moral tem como base a alienação e manipulação popular pelos ditadores. Isso é comum em tais regimes, como no Totalitarismo da Europa, em que se pregou o Nacionalismo como justificativa à elevação no poder e fez das torturas argumentos para novos adeptos, buscando "o bem" para o país.
No Brasil, da mesma forma, a suposta autoridade "perfeita" dos militares, aclamando benefício à nação, criou uma falsa realidade aos brasileiros. O que deveria ser motivo de glória coletiva tornou-se em supérfluas dominações de caráter acumulativo de poder único. Essa ação desvinculou a democracia e a fez esmorecer, em favor de apenas um.
Por essa razão, a Comissão da Verdade deve priorizar a explicação sobre o que de fato foi a Ditadura e os males conceituais por ela cometidos. Para que, assim, o reviver do passado seja útil à compreensão dos acontecimentos e à prevenção futura. A noção de Nacionalidade deve ser expandida como ação que prima o coletivo. É essa a verdade que se espera!
RaquelMurad
Obs: texto produzido na redação da Unifesp 2013
sábado, 27 de outubro de 2012
Somente na Inconstância
Gregório de Matos, poeta barroco, questiona o universo em um de seus poemas, pois se o sol nasce, por que não dura? Se a vida surge, por que desfalece a cada instante e se acaba por fim? O mundo, em si, vive das variações que o acometem, trazendo dúvidas de sobrevivência: hora da morte, insatisfações pessoais e o não-cumprimento de vontades estáveis ou passageiras.
Dessa maneira, a nova modernidade em que se está atua acelerando categoricamente tais manipulações dos sentidos. Ela oferece infinitas possibilidades para que o homem busque sua verdade e solidifique seu amanhã. Bens de consumo, variedades profissionais, posição e atuação social, relacionamentos, ideais diversos, tecnologia, inovação, enfim, são parte das opções modernas agindo, a princípio, em favor da humanidade.
Entretanto, o "muito" leva ao descompasso: "Nasço amanhã. Movo-me onde há espaço: - meu tempo é quando.", disse Vinícius de Moraes, ou seja, a vida anda na direção do que surge à porta. Isso causa insegurança, não se sabe se o lugar onde está suprirá a vontade plena de satisfação. Há tantas outras possibilidades...
Cria-se, então, a dificuldade do domínio sobre o futuro, por causa dos prazeres momentâneos a que se submetem os seres. A busca passa a ser volúvel e a objetivação, dissolvida. Não existe uma verdade confiável, a não ser aquela que motivou a "caça" às certezas: o paradoxo existência x morte. Gregório, ao final, afirma "a certeza somente na inconstância".
Raquel Murad
sábado, 20 de outubro de 2012
18 de outubro - Dia do Médico
sábado, 13 de outubro de 2012
Silencia...
É triste quando, sem querer, faz-se parecer algo que não o é, transparece-se em vc algum tipo de sobreposição, orgulho ou antipatia que, na real, não existem.
O bom é que quem ama, ama! Não importam as más interpretações, amar é conhecer seu coração e intenção.
Minha fase, hoje, é a qu
O silêncio nem sempre é isolamento, mas sim é evitar conflitos, más interpretações, dissenso. É buscar a si (no meu caso, em Ds), para ser achado e cumprir o proposto em tempo bom.
Prefiro esse som de paz, que é a mansidão, pois também não anula o convívio e a interação, aprimora-os.
Silenciar é ser paciente, é calmaria ao agitado mar de meu ser. É saber portar-se no tempo, nas esferas incalculáveis da mente humana.
Vivo, entristeço, amo, silencio, penso, amo, vivo.
Meu ciclo vicioso na tentativa de aprimoramento..
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Expressão de mim
Libertos somos pela mão divina
E ela nos expande a visão
Assim vem a compreensão
De que há propósitos
Há vidas
Há exigências
Que precisam de mim para existir
E eu preciso delas para ser quem sou
Despropósitos
Vontades vãs
Turvam o caminho
Caos!
Identidade?
Ela se perde
Constância, incerta
E agora? Confusão!
Devaneio
Procrastinação...
Até que, enfim,
Vejo de novo a mão.
Aquela mão, sempre estendida
Mas omitida pela minha suposta razão.
Depois, orgulho vencido
Propósito retomado.
Retorno ao meu eu,
Sinto a mão em que descanso..
Vejo, agora vejo!
Quero continuar enxergando!
E a neblina turva
Que se emane com a
Chegada da aurora
De Sua Graça!!
(Raquel Murad)
quinta-feira, 29 de março de 2012
Paradoxando
É preciso se esvaziar para preencher, diminuir para crescer, chorar para sorrir, perder para vencer, mudar para permanecer, abdicar para receber, secar para frutificar, morrer para renascer, enfraquecer para fortalecer, pular para sair do chão, mover-se para mudar a direção, conter-se para se extrapolar, calar para cantar, congelar para derreter, parar para dançar, pôr para retirar, insensibilizar para sentir, ter fome para comer, sede para beber, emburrecer para criar, conservar para modernizar, ficar para sair, espalhar para juntar, recriar para desmontar, desistir para continuar... ver o sol morrer para outro chegar!
(RaquelMurad)
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Nação filantropista
Há de se achar humanos, irmãos. Habitantes de um mesmo círculo, localidade de confrontos múltiplos. Um país legal, civil e político, abrangendo o social. Lá há de se ter amigos da raça humana, cidadãos do mesmo mundo.
Naturalizar o zelo, fazer-se natural à socialização. O filantropo é favorável ao bem comum, busca de si a utilidade geral. A árvore seca perde os frutos se não houver terra amiga a presentear suas riquezas.
Humanizar-se é o altruísmo máximo de relacionamentos, pois confronta causas ao desfavor de si próprio e ao favor alheio. Pela nação, patrizar relações indicará, assim, caminhos conexos pelos interesses coletivos.
Nascer, comer, crescer, repouso, abrigo, sustento, vida. Dizem da liberdade de diretos, cidadania. Não há pátria sem dignidade humana. Há só elegância falsa de sem terras famintos, sedentos, doentes. Prisão de sombras, escuridão das necessidades.
Ser homem de seu país é olhar pelos habitantes. Ver e sentir pela causa do todo. Abrigar no interior vontade e capacitação de atitude. Ser indivíduo, um claro cidadão.
A junção destes "filantropiza" o Brasil. Faz-se a todos o gozo da civilidade, política, moral, saúde e bem-estar. Apropria-se dos bens oferecidos. Há prazer. Satisfação pelo tesouro nacional feito das moedas valiosas de se ser irmãos.
Raquel Murad