sábado, 22 de dezembro de 2012

"Comissão da Verdade: que verdade alcançar?"

Nacionalismo às avessas

  A Comissão da verdade surge para apresentar aos cidadãos o passado brasileiro, apurando os crimes cometidos na época do Regime Militar. Porém, a busca não deve ser unidirecional. Aspectos morais da realidade nacional brasileira necessitam de aparição, vislumbrando as manipulações passadas.
  O período ditatorial foi marcado por grande violência e medo. Em nome da vontade do governante, muitos eram torturados e mortos. Denúncias e perseguições baniram a liberdade e fizeram os cidadãos vítimas, não só físicas, mas intelectuais, já que a verdade fora encoberta.
  Tal prejuízo moral tem como base a alienação e manipulação popular pelos ditadores. Isso é comum em tais regimes, como no Totalitarismo da Europa, em que se pregou o Nacionalismo como justificativa à elevação no poder e fez das torturas argumentos para novos adeptos, buscando "o bem" para o país.
  No Brasil, da mesma forma, a suposta autoridade "perfeita" dos militares, aclamando benefício à nação, criou uma falsa realidade aos brasileiros. O que deveria ser motivo de glória coletiva tornou-se em supérfluas dominações de caráter acumulativo de poder único. Essa ação desvinculou a democracia e a fez esmorecer, em favor de apenas um.
  Por essa razão, a Comissão da Verdade deve priorizar a explicação sobre o que de fato foi a Ditadura e os males conceituais por ela cometidos. Para que, assim, o reviver do passado seja útil à compreensão dos acontecimentos e à prevenção futura. A noção de Nacionalidade deve ser expandida como ação que prima o coletivo. É essa a verdade que se espera!

RaquelMurad

Obs: texto produzido na redação da Unifesp 2013

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigaada!! Ajudou muito uma colega minha. Ela copiou todo o trabalho hehe