A arte de ser consiste em saber se expressar. "Humanae Vitae", do latim "Vida Humana", é um termo que nos condiz a afirmarmos a real essência de nós mesmos. Para este fim, é necessário abstermo-nos dessa "Humanidade" vil e recompensarmo-nos através de uma sutil libertação de linguagem, que é uma expressão manifesta na mente, em um papel, em um livro, em um blog. * RAQUEL MURAD *
sábado, 4 de junho de 2011
Ano Estrela
Sou o que passou. Serei também o que ida não findou.
Ilusões do amanhã fazem o sentir melhor.
Pés firmes no agora relutam para se realizar.
Dias passam, alguns mudam.
Porém, aqui dentro a esperança e sonho
se fazem constantes!
Ano foi, inconstante. Sou eu a não firmeza.
Liberta-se em mim a realidade da vida.
Ser o agora para depois ser o que se pretende.
Viagem dentro de mim. Retrospectiva.
Afetos antigos, carinho saudades.
Fica em mim gravada toda emoção.
Falta do tempo que não volta.
De pessoas amadas que ficam longe.
E no meu dia, dia em que a vida se completa em mim,
Lembranças vêm, saudosas.
Resta sentir o que está à tona agora.
Resta o esperar e o agir da espera.
Para, dessa forma, preencher o deslize.
Recalcar as pedras.
Resta, tudo falta.
Falta, a falta resta.
Tem de ser coberta.
Resolvida.
Com a solução amarga doce da esperança.
Além dos limites, do abismo, da queda.
Vejo o sereno, o ar límpido, a subida.
A inconstância se renova, passa a findar-se em desalinho.
A andorinha pousa no céu.
E lá fica, firme, a flutuar...
Voa ao céu, retoma à terra.
Assim são os dias. Vão e vêm.
Sem nada. Com tudo.
Forma-se então a ousadia
de se mover assim.
Apesar da queda, apesar do mau brilho.
Apesar..
Brilha-se.
A espera brilha.
Sempre espera.
Sempre Estrela.
Raquel Murad (poema do meu aniversário de 19 anos, em 03/06/2011)
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Um comentário:
Bonito, o seu jeito humano e tranquilo de, poeticamente, dizer do passado e do presente, do que foi e do que poderia ter sido, do que virá... Gosto desse jeito...O meu jeito é contundente, não há quase poesia, apesar dos sentimentos e dos afetos que me ligam aos fatos que, em prosa, eu vou narrando, à medida que as lembranças vão brotando, à medida que o presente se confunde com o passado, neste vai e vem da vida...
Um forte abraço
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