sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aflição "Consumidora"


Sou apenas uma estudante de 18 anos que tenta entender onde estamos e aonde viemos e vamos parar. Sempre aprendi sobre desperdícios, preservação da natureza e o tal consumo "sustentável". Mas não vejo compatibilidade com os ensinos e a vida real. Aqui, fora das quatro paredes das escolas, a sociedade parece vencer a teoria do sustento. Ela nos impõe tantas vaidades do consumismo, que mal percebemos que somos persuadidos e afastados da dita sustentabilidade.
Os materiais didáticos estão cada dia mais cheios de sinalizações e exercícios que envolvem essa questão ambiental. Hoje mesmo fiz um de química que pedia para calcular o rendimento da reutilização do Mercúrio de lâmpadas. O Resultado: apenas 38% é reutilizado, e os 62% restantes são jogados em lixão a céu aberto. O que é uma calamidade, sabendo que o Mercúrio é altamente tóxico e prejudicial à saúde. Isso reflete que não há esforços inteiramente plenos para sanar esse problema. As potências mundiais nunca chegam a um acordo sobre as propostas ambientais. O Protocolo de Kioto durará somente até 2012, e não se sabe ainda o que irá substituí-lo. Ou seja, as prioridades não estão sendo as referentes à sustentabilidade. Como, então, fazermos de nossa vivência cotidiana compatível com a melhoria e preservação do Universo? Fazer nossa parte, sim, é nosso dever, mas temos também o direito de presenciar nossas autoridades lutando preferencialmente para uma vida que se sustente ambientalmente. É esse meu conflito interno sobre aonde iremos com esse mundo. Como conseguiremos conciliar a sustentabilidade com desenvolvimento, suprimento de alimentos, transportes, qualidade de vida, e até consumismo, se os responsáveis por isso não pretendem se submeter? Por isso, façamos pelo menos a parte que nos cabe; assim tentando responder ao clamor da natureza!

Raquel Murad


"A própria Criação aguarda ansiosa pela manifestação de Sua glória em nós." Romanos 8:19

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