terça-feira, 7 de outubro de 2008

* Sentido Existencial *



Vivemos entre pessoas vazias que, de forma intrigante e complexa, buscam sentido para suas vidas. Nessa arriscada jornada, encontram apenas suposições não convincentes, o que faz da busca pela verdade, uma busca por probabilidades.


Uma vida sem razão é como um barco sem rumo, por mais que tentemos dar sentido a ele, nunca levará ao caminho certo. Por isso, insaciavelmente queremos um real sentido o que muitas vezes nos leva a lugares errados.


A auto-satisfação, por exemplo, parece uma resposta, mas cria um mundo egocêntrico, arrogante em que as pessoas não se importam com as outras. Isso causa uma falta de sensibilidade nos assuntos humanos como é o caso do aquecimento global e a situação do transporte aéreo do país. Questões de relacionamento e comunicação estão na essência desses problemas.


Outros depositam a vida no materialismo. Pensam que o dinheiro e sucesso poderão poupá-los de uma vida vazia. Fazem tudo para conseguirem o que querem, para serem reconhecidos e assim completar a vida. Banalizam o que deveria ser normal: o beijo, o sexo, o amor. Nessa troca de valores, o normal é abusar das pessoas, dos sentimentos da vida. Há ainda quem aposte no sucesso profissional que gera uma competitividade desumana. Talvez tudo isso engrandeça, mas não satisfaz de verdade.


A questão é que tudo é passageiro. Nada fica. Isso faz a busca ficar mais intrigante. A seriedade da vida precisa ser encontrada. O real sentido da vida é simplesmente o amor. O amor que não se importa consigo mesmo, que se dedica ao bem-estar do próximo. Todos podem alcançá-lo. Está além das banalizações, do materialismo e do egoísmo. O amor ultrapassa a ciência, a sabedoria e a complexidade humana. Esse amor incondicional de essência não passa.


E o sentido da vida? Só através da força do amor fazemos a diferença!


Raquel Murad


(Redação premiada em 1º Lugar no Concurso Crônicas e Contos do DS no ano de 2007)



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