
Singularidade é conotar as cores da vida
Fazer do azul solar verde mar
Buscar nas asas da noite a brisa da manhã
Reerguer os olhos do abismo ao infinito
E, se precisar, mais uma vez
Fitá-los ao caos,
Talvez.
Pois no caos há a vontade
de olhar para cima por
Maturidade
Há a certeza de que subindo
O céu será branco
A Verdade é sempre
Aquilo que podemos ver
Com o coração.
Imbutidos no saber,
Resgatamos da emoção
A aurora divina.
Conceitos confundem,
Preceitos aprisionam.
Pensamento, silêncio interno
Libertam
Abrem a janela da alma
Clareiam a noite.
Quem Denota, se prende!
Quem Conota, se rende!
Abrir a sensação
Render-se ao calor
do Sol que alegra
Ou do Sol que esfria.
Viver é Imaginação
Sofrer ou não
é fruto dos pensamentos.
Livrar-se da notoriedade
e fazer dos conceitos
A base da sua invenção.
Reciclar o bruto
e ventilar o acaso
Com as asas do coração!
Raquel Murad